Um Estranho em Terras Estranhas

Já faziam meses desde que Pyotr deixara Chernigov em sua viagem, junto a peregrinos vasadorianos de sua nação. Com o grupo parando em todo marco da história fremennik, o jovem gênio teria a oportunidade de observar muitos dos costumes daquela cultura, apesar de não compreendê-los totalmente. Não por enquanto. Mas finalmente, chegaria a Relekka, apenas alguns dias após a cidade sobreviver a um cerco naval severscano.

Recriando mentalmente a batalha para melhor compreender o ocorrido, ele se aproximaria de um dos destroços dos Traidores, na intenção de analisar sua estrutura, apenas para ser barrado e, após uma discussão, entrar em um combate corporal com um dos guardas locais, o qual certamente perderia.

Tentando se recuperar, o estranho jovem foi socorrido por uma também estranha mulher fremennik, pouco mais experiente que ele. Respondendo algumas de suas dúvidas, e tendo observado o que acontecera momentos antes, lhe ofereceu abrigo. Sem muitas alternativas, aceitou.

Sua cabana, do lado de fora da cidade, era compreensivelmente maior por dentro. Dialogando, ela se apresenta como Gunhild, uma das chamadas "sacerdotisas do mau necessário" de Vasador. Por algum tempo, dialogam sobre fés e religiões, e sobre os objetivos de Pyotr lá. A ele, é explicado muito sobre a fé e clero vasadoriano.

Seu almoço, por fim, é finalizado com efeitos alucinógenos, e pouco é lembrado dos momentos restantes do dia. Exceto unicórnios negros utilizando armaduras negras, montados em coelhos rosas e guiando Chernigov à vitória contra seus inimigos.

Alguns dias depois, despertaria. Pyotr teria passado os últimos dias num estado febril, em mau estado. Após uma curta conversa, ele e Gunhild rumariam a Relekka. Se separariam, com ele buscando a Alta Jarl, Jorunn, no Salão Longo de Relekka. Tendo que mostrar sua papelada para ser acolhido lá dentro, ele beberia e conversaria com a velha mulher, principalmente sobre os severscanos. Seria aí que a mesma lhe sugeriria acompanhar a nova incursão fremennik ao Reino de Seversca, o que ele hesitantemente aceitaria.

Pouco tempo depois, ao se retirar, ele seguiria um mutirão de guerreiros fremenniks ao porto para receber um grupo de aventureiros que retornava do mar. Observando-os, seria abordado novamente por Gunhild, de forma... Estranha e pessoal. Dizia ter visto a morte do jovem, e lhe mostraria enfim uma visão, que apesar de tudo seria um enigma simples para a mente de Pyotr... Até seu fim.

Despertaria novamente numa clareira no exterior da cidade fremennik, refletindo sobre a tal visão sobre si e sobre Chernigov. Reencontrando-se com a sacerdotisa, a mesma se ofereceria para ajudar a "prepará-lo" para a jornada que estava por vir, fisica e mentalmente. E assim seguiriam os dias seguintes.

Após a semana de treinamento pesado, porém útil para a sobrevivência em alto-mar, seria mais uma semana e meia até que a frota fremennik entrasse em combate com os severscanos, assim que passassem pelo mar das montanhas do País Troll. Recebidos com uma ilusão de milhões de inimigos, e com uma chuva de fogo infernal, uma distração para o verdadeiro perigo: os canhões infernais dos pactuários, o navio de Pyotr afundaria próximo à costa.

Escapando, como boa parte dos companheiros, do afogamento, eles partiriam para o combate com os guerreiros severscanos reais. Vendo os fremennik em desvantagem, Pyotr aproveitaria para causar várias dezenas de baixas, e equilibrar a batalha. No entanto, aquilo chamaria a atenção indesejada do campeão dos severscanos, do qual receberia uma verdadeira surra. Jogado para fora da encosta, ele poderia apenas observar em agonia conforme a Alta Jarl e a elite dos fremennik desembarcavam e tomavam conta do campo de batalha. Enquanto a mulher combatia o campeão, ele poderia sentir seus ferimentos cicatrizando, conforme um sinistro vulto verde aparecia por um breve momento.

Após Jorunn eliminar o campeão, como esperado, Pyotr causaria mais algumas dezenas de baixas, terminando de fragmentar o inimigo. A batalha estava ganha e o vilarejo próximo ocupado. Enquanto os fremennik saqueavam e devastavam o mesmo, ele reencontraria Gunhild, ao lado do cadáver despedaçado do líder local dos severscanos, Agvaldr Quebra-Barcos, que aparentemente teria morrido antes mesmo do início da batalha. Os dois trocariam palavras e se separariam novamente. Com a nova base de operações dos fremenniks erguida, Pyotr teria para si uma tenda afastada no acampamento, o que lhe agradaria. Seria lá que o jovem descansaria para o dia seguinte...

Os três dias seguintes seriam intensos: no primeiro, Pyotr seria convidado a uma pequena expedição a um forte abandonado dos Sacros Vigilantes nas proximidades. Junto de Gunhild e dois outros fremenniks - que resistiriam fortemente à presença da primeira -, ele acabaria por violar uma tumba zarosiana na parte inferior da fortificação, após intervir num combate entre... Um grupo de estrangeiros e um necromante zarosiano?????????

No interior, entrando sozinho, ele se encontraria com uma espécie de... Vampiro-icyene com uma intensa aura maligna, e uma antiga espada sagrada icyênica. Após um pequeno esclarecimento, o primeiro libertaria seu exército eterno que repousava junto de si, e deixaria a espada para que o chernigoviano a levasse.

Tentando esconder o que havia feito, Pyotr acabaria por deixar os dois fremenniks para morrer na cripta, e deixando o forte junto de Gunhild. Na saída, encontrariam a mulher que aparentava liderar o grupo de estrangeiros de antes, e que dispensaria o chernigoviano como alguém inútil após uma crise nervosa do mesmo.

No segundo dia, após receber notícia sobre a movimentação das tropas severscanas do vilarejo mais próximo, Pyotr prepararia um ritual onde previa ser o palco da batalha que viria em seguida. Isso se provaria importante para o resultado final do confronto. Mais uma vitória fremennik. Pyotr teria uma visão, um homem empunhando uma lança, rodeado por corvos, apontando na direção do sul. Naquele momento, extremamente ferido, Pyotr apenas encontraria um jeito de carregar o cadáver do líder inimigo para a caverna em que se abrigava com Gunhild, conversar com a mesma, comer e dormir.

No terceiro, após dissecar o cadáver para estudá-lo - e após Gunhild deixar o lugar -, Pyotr descobrira sobre um atentado contra Jorunn. Depois daquilo, teria um curto diálogo, levemente agressivo, com a Alta Jarl, e sairia de lá sem um rumo. Achou por bem verificar a direção apontada pelo homem. Encontrando uma estranha caverna, acabaria se vendo numa cripta fremennik - no interior de Chernigov. Além de encontrar inúmeros livros sobre inúmeros assuntos, no fundo do lugar, poderia enfim rever o homem - o espírito - que o guiou até ali. Um debate de proporções filosóficas, que poria à prova as crenças do chernigoviano, aconteceria... Assim como uma revelação sobre seus ancestrais.

Pyotr deixou aquela tumba reflexivo e, voltando ao acampamento, tropeçaria - e tomaria para si - no que sabia ser a lança usada por aquele mesmo ancestral, estranhamente deixada lá, ignorada. Possuía vários encantamentos poderosos, mas apenas uma inspeção mais calma poderia identificá-los. Sabia, no entanto, que aquela lança deixara seus pensamentos mais claros.

Ao chegar ao acampamento, mesmo sem ter certeza de seu novo objetivo, ele rumaria em perseguição ao exército fremennik que marchava contra Seversca.