No dia seguinte, partimos, eu e mais vinte, junto dos homens de Henkel, para o norte, em busca da caverna, da passagem que o rei Alain mencionara, nos enviando até lá. O objetivo - sabotar uma linha de suprimentos dos pactuários.
Seguindo pelo túnel, pudemos vê-lo abandonado, e uma descida em um imenso abismo. Ao descer, além de centenas de cadáveres espalhados de trabalhadores, cultistas e mercenários, nos deparamos com uma espécie de templo. Um que, ao adentrar, continha centenas de soldados perfeitamente alinhados, e estátuas estranhas simbolizando a união de demônios e icyenes. Uma criatura imponente se aproximava. Conseguindo uma aproximação diplomática, ele me explica parte de sua origem, e sua inimizade com Saradomin, Zamorak e Zaros, e nos permite deixar aquele lugar.
Alcançando mais fundo no túnel, massacramos os cultistas que ainda restavam. Saqueamos tudo o que podíamos, novos equipamentos para meus homens, e para mim uma nova armadura de mithril, uma joia e uma estranha espada. Confiei Nevasca a Henkel e a tomei para mim. Em seguida, preparamos os explosivos e corremos à saída conforme eliminávamos aquela rota. Juntamo-nos à batalha que se seguia, no cerco, e eliminamos rapidamente a resistência do Segundo Círculo da fortaleza, cuja resistência estagnava a batalha.
Em seguida, uma nova ordem: infiltrarmo-nos na construção principal do Círculo Central e eliminar o líder dos pactuários em Ourânia. Durante os preparativos, próximos aos muros, Anasthazia surgiria novamente, dessa vez insinuando coisas sobre a real natureza de minhas capacidades. Não demorei a compreender, depois que a mesma me deixou.
A batalha começara, assim como nossa missão. Escalada, combate e uma rampa de gelo depois, e estávamos na torre. Subindo-a e exterminando todos os inimigos à nossa frente, nos deparamos com a guarda de elite do templo no topo da mesma. Delegando o combate aos membros da Irmandade, adentrei sozinho o templo. O líder dos pactuários, à minha frente. Bífrons, Senhor do Conhecimento de Dis, como se apresentou. Uma espécie de aberração demoníaca. Após me "iluminar" sobre minha realidade, me apresentou uma proposta: ele exterminaria todos os vivos em Ourânia, e em troca, teria uma aliança comigo, com quem o mesmo dividiria as hostes necromânticas que seriam levantadas. Escolhi meu próprio caminho.
Pareceu surpreso quando o ataquei, minha espada sugando seu sangue. O combate que se seguiria seria brutal, com parte do templo sendo destruída, mas a morte dele decerto viria. O partindo ao meio, lancei-o do topo da fortaleza. "Mande meus cumprimentos a seu senhor", lhe disse.
A batalha finalmente parecia tomar um rumo, com a morte dele. De meus cem homens, restavam os vinte cavaleiros que me acompanhavam nos túneis ao norte. Centenas de demônios abandonavam a batalha, milhares de mortos-vivos caíam. Anasthazia novamente se aproximava de mim. "Tome sua recompensa", disse-me, conforme marcava meu braço esquerdo com algum estranho feitiço. Ao me aproximar do pináculo, disse-lhe que jamais aceitaria aquilo. Jamais cumpriria aquele feitiço, mas meu corpo não me obedecia. A bruxa tomou uma persona muito mais sombria, seus olhos tornando-se vermelhos, conforme agradecia-me por me deixar ser usado. Foi então que tomei o poder de minha determinação para quebrar a magia que me vinculava a ela. Drenei todo o imenso poder do pináculo. Sentia como se estivesse sendo destruído por dentro. Quando o clarão da explosão cessara, lá estava ela, incrédula e em uma total fúria. Porém, ao tentar agir contra mim, pude notar algo. Minha irmã, é claro. Ayla não deixaria que o corpo que a hospedava agisse diretamente contra mim. E foi por isso que lhe dei uma última chance, conforme Anasthazia jazia ajoelhada. "Desapareça, e nunca mais se mostre a mim. Considere isso piedade", disse-lhe.
A batalha tomando um fim, minha obra iniciava-se. Aos condenados que se despedaçavam no solo, ofereci duas alternativas: o descanso eterno, ou sua lealdade a mim - e a guerra ao Lich Rei, o Maior dos Necromantes. Desses, ao menos um milhar escolhia a segunda alternativa: a causa da Irmandade dos Condenados. Aos pactuários, apresentei a oportunidade de rendição. E aos kandarinianos, roguei por sua compreensão, e por sua aliança em nossa guerra contra a Praga e a Legião dos Mortos. Estes últimos, apesar de relutantes, seriam convencidos pelas palavras subsequentes do Rei Alain-Auguste, em apoio a minha causa e minha existência.
Henkel se juntava a mim para um curto diálogo, minutos depois. Apesar de tudo, deveríamos abandonar Übersreik em poucas semanas. Restava-me uma dúvida, mesmo com as revelações: qual era a fonte de meu poder, a fonte de meu potencial?
Independentemente, com a interferência diplomática de meu mais novo aliado, o próprio rei de um reino o qual um dia fui um vassalo, pude por os voluntários, e a Irmandade, em marcha para Asgarnia poucos dias depois. Para Burthorpe, onde um velho inimigo aguardava.
Essa é a história de como um homem forjou seu próprio destino, apesar de todos os impedimentos. Essa foi a história de um recomeço. De uma guerra contra um mal maior. O Príncipe da Morte marchava para mudar o rumo de uma guerra. Para levar a batalha de volta ao Rei dos Necromantes.